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O presidente defende a judicialização do processo e critica líderes do Congresso por ‘descumprimento de acordo’. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

 

O presidente Lula (PT) declarou nesta quarta-feira (2) que, se não recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele não consegue governar o país. A declaração sai em meio à crise do governo federal com o Congresso, depois que Lula (PT) resolveu ir ao STF para judicializar o decreto de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para manter a proposta.

 

“Se eu não entrar com recurso no Poder Judiciário, se eu não for à Suprema Corte…ou seja, eu não governo mais o país, cara. Cada macaco no seu galho. Ele (Congresso Nacional) legisla, eu governo, sabe?”, disse o petista em entrevista à TV Bahia.

 

Resultando em derrota para o governo, o Congresso derrubou o veto na semana passada, que aumentaria o imposto do IOF. Lula (PT) juntamente com a administração federal, entrou com pedido à Advocacia-Geral da União (AGU), acionando a Suprema Corte, para reverter a situação do decreto.

 

Jorge Messias, advogado-geral da União, declarou que a ação do Congresso “viola a separação dos Poderes”.

 

Na avaliação de Lula, houve “pressão das bets, das fintechs, do sistema financeiro” para a derrubada do decreto, que poderia gerar até R$ 10 bilhões em arrecadações ainda neste ano.

 

“O dado concreto é que os interesses de poucos prevaleceram dentro da Câmara e do Senado, o que eu acho um absurdo. E veja, eu sou um cara agradecido ao Congresso, eu não sou um cara que tem rivalidade com o Congresso, que aprovou muitas coisas que a gente queria”, declarou o petista.

 

Lula (PT) falou que o “erro” do Congresso foi cometido por descumprir um acordo firmado em um encontro entre os presidentes da Câmara e Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP). O encontro foi realizado no dia 8 de junho, na residência de Hugo Motta (Republicanos-PB), em Brasília, e, segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o encontro resultou “num baita de um acordo”.

 

“O erro, na minha opinião, foi o descumprimento de um acordo que tinha sido feito num domingo à meia-noite, na casa do presidente Hugo Motta. Lá estavam vários ministros, vários deputados. O companheiro Fernando Haddad, com a sua equipe, festejou o acordo no domingo”, recordou o chefe do Executivo.

 

O presidente cumpriu agenda na Bahia nesta quarta-feira (2), e parte para Argentina para participar da cúpula do Mercoul. Lula (PT) comunicou que pretende se encontrar com Hugo e Alcolumbre para discutir a questão do IOF.

 

“Quando eu voltar, eu tranquilamente vou conversar com o Hugo Motta, vou conversar com o Davi Alcolumbre, e vamos voltar à normalidade política desse país”, concluiu.

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