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Vitória de Santo Antão voltou a registrar fortes chuvas, alagamentos e inundações desde meados de maio de 2025

 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 4ª Promotoria de Justiça Cível de Vitória de Santo Antão, recomendou à administração municipal implementar uma série de providências para ajustar o Plano de Contingência apresentado no ano de 2024.

 

De acordo com a Promotora de Justiça Lucile Alcântara, o MPPE já havia instaurado um procedimento administrativo para acompanhar as iniciativas de enfrentamento aos efeitos das chuvas, seguindo as orientações do projeto institucional Tempo de Cuidar.

 

Uma das medidas implementadas pela Secretaria Municipal de Defesa Social e Segurança Cidadã de Vitória de Santo Antão foi a elaboração, no ano passado, de um plano com o objetivo de coordenar as ações do poder público em resposta a alagamentos e inundações causadas por chuvas intensas.

 

“Porém, em Nota Técnica, a Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil de Pernambuco apontou diversas deficiências no referido plano, notadamente quanto às ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação das áreas atingidas”, alertou Lucile Alcântara.

 

A Promotora de Justiça destacou, ainda, que Vitória de Santo Antão voltou a registrar fortes chuvas, alagamentos e inundações desde meados de maio de 2025.

 

PROVIDÊNCIAS – Para melhorar a capacidade do município em resposta aos eventos climáticos, 4ª Promotoria de Justiça Cível de Vitória de Santo Antão recomendou ao prefeito e ao secretário de Defesa Social e Segurança Cidadã que ajustem o plano a fim de:

 

– Indicar com clareza as atribuições dos órgãos envolvidos na gestão de desastres, incluindo as ações específicas de cada órgão e os respectivos responsáveis;

 

– Mapear todas as áreas de risco no território, relacionando o número de imóveis, famílias e pessoas que vivem nessas localidades e detalhando as ferramentas e metodologias de monitoramento escolhidas;

 

– Informar os meios de comunicação (SMS, Whatsapp, sirenes, etc) que serão usados avisar a população sobre a ocorrência de desastres climáticos, inclusive prevendo a possibilidade de interrupção ou falhas em sistemas;

 

– Definir pontos seguros para abrigamento de pessoas, rotas de fuga para evacuação de localidades e transporte de equipes de modo a assegurar um atendimento organizado às vítimas de chuvas intensas;

 

– Planejar a realização de exercícios simulados com as comunidades situadas em pontos de risco, a fim de preparar equipes e moradores sobre como agir em caso de emergências;

 

– Relacionar os serviços de saúde disponíveis, os procedimentos de transferência e a possibilidade de instalação de hospitais de campanha para garantir o atendimento às vítimas;

 

– Manter atualizada a lista das equipes da Defesa Civil e dos voluntários para facilitar um acionamento rápido das pessoas;

 

– Descrever as providências que serão adotadas para garantir água, alimentos, material de higiene, roupas de cama e outros itens para receber pessoas desabrigadas e armazenar material doado sem fechar escolas públicas. As providências devem prever, inclusive, a lógica de recebimento e distribuição das doações, manejo de pessoas mortas;

 

– Definir as ações voltadas a restabelecer serviços essenciais como o fornecimento de energia elétrica, água, saneamento, comunicações e transportes.

 

O MPPE fixou prazo de cinco dias para que o prefeito e o secretário municipal de Defesa Social respondam se acatam ou não as medidas recomendadas. A recomendação foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 10 de junho.

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