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Em sua quarta apresentação, consecutiva, o clássico Pernambucano, Um sábado em 30, está de volta para uma única sessão, nos dias 23 (Sábado) e dia 24 (Domingo) de agosto, no Teatro Barreto Júnior, às 19h.

 

Uma obra controversa que despertou a admiração e a desconfiança de críticos. Nascida sob o signo da memória e da saudade, segundo seu próprio autor, foi uma tentativa de reencontrar a gente de sua terra, e por isso mesmo terminou sendo qualificada por muitos de seus contemporâneos como etnográfica, saudosista e autobiográfica, sem que se ressaltassem devidamente suas qualidades estéticas. Da memória à ficção. Do voltar-se ao passado à descoberta de sua alteridade. Este é o itinerário marinho; este é nosso percurso em busca de sua ficcionalidade.

 

Encenada por décadas pelo TAP – Teatro de Amadores de Pernambuco, sendo um grande sucesso de público e crítica, a peça está de volta com a produção do Grupo Teatro de Raízes de Pernambuco e Capibaribe Produções. Agora, em uma nova e emocionante montagem dirigida pelo talentoso Roberto Oliveira, o espetáculo retorna aos palcos reunindo grandes nomes como Renato Phaelante, Clenira Melo, Isa Fernandes e Ivanildo Silva, além de novos talentos do grupo TRP – Teatro Raízes de Pernambuco, um novo grupo de talentos que reforça a atualidade e potência da narrativa, mas jamais deixando de seguir o brilhante texto de Luiz Marinho.

 

“A peça, é certamente um marco na dramaturgia pernambucana. Foi por décadas uma das mais consagradas produções do. Nós que fazemos o Teatro Raízes de Pernambuco aceitamos o desafio da remontagem desse grande sucesso. A estreia ocorreu no Teatro Boa Vista com dois espetáculos em junho e em julho com uma apresentação no Teatro do Parque. A receptividade do público foi a melhor possível e isso nos encorajou para mais uma temporada desta vez no Teatro Barreto Júnior”- destaca o ator Aderson Simões.

 

Sustentada por uma tênue intriga que se ramifica e se fragmenta em diversas intrigas que ora se encadeiam, ora independem entre si, a peça, tem sequência de minidramas, comédias, misturando simpatia extrema por seus personagens e exposição bem-humorada de seus ridículos. Esses pequenos conflitos que se organizam de maneira dispersa e independente, os personagens que entram e saem da casa, estabelecendo um jogo que ora provoca uma “impressão de real” e non-sens.

 

A expectativa do retorno da peça, superou todas as expectativas. A peça retrata bem a história da vida pernambucana, da família do interior de Timbaúba, de 1930, com seus causos, falas e costumes, tem momentos de cantos e dança populares, uma peça que não perde essa referência onde todo mundo acaba se identificando com sua dinâmica de ação cénica mais rápida que é exigido pelo momento atual.

 

UM POUCO SOBRE A PEÇA

A história se passa durante a Revolução de 1930, tendo como pano de fundo uma família burguesa conservadora, que não aceita que suas filhas se envolvam com “qualquer pessoa”. Enquanto isso, o filho da família se apaixona pela empregada doméstica, dando início a um romance carregado de encontros, conflitos, amor e rejeição — tudo permeado por muita comédia, crítica social e fofocas hilárias. E quem rouba a cena é Sanana, uma senhorinha de 80 anos que comanda o ritmo da peça com tiradas afiadas e participação decisiva no desenrolar da trama.

 

Prepare-se para mais uma vez, reviver esse marco do teatro nacional, que promete emocionar, fazer rir e matar a saudade do público pernambucano.

 

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