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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou, nesta semana, a segunda reunião da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, que teve como pauta central as demandas e desafios do setor industrial. A deputada Débora Almeida, coordenadora da Frente, contribuiu o encontro e reforçou a importância do diálogo com cada segmento produtivo para construir soluções que impulsionem o desenvolvimento econômico do estado.

 

Débora destacou que as reuniões setoriais permitem compreender com profundidade as necessidades específicas de cada área — um passo essencial para a elaboração de políticas públicas eficazes.

 

“Nosso foco são as micro e pequenas empresas, que buscam crescer e ampliar sua atuação. Estamos trabalhando para melhorar o ambiente de negócios, reduzir burocracias e gerar mais emprego e renda para a população. O debate de hoje é fundamental, e precisamos ser parceiros desse crescimento”, afirmou o parlamentar.

 

O encontro contou com representantes de diversos setores industriais. O presidente do Conselho Temático da Micro, Pequena e Média Empresa Industrial (Copem), Paulo Pereira, ressaltou a postura de escuta do coordenadora da Frente.

 

“Essa comissão terá a cara da deputada Débora Almeida, que escuta todos os atores envolvidos. Precisamos escalar e melhorar nossa gestão, conhecer melhor a necessidade dos consumidores e internacionalizar as empresas. Estamos prontos para desenvolver estratégias que façam o Estado e as indústrias progredirem lado a lado”, declarou.

 

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Gino Paluci Junior, enfatizou o impacto nacional do setor. Segundo ele, são mais de 9 mil empresas fabricantes no país, responsáveis por cerca de 400 mil empregos e um faturamento anual de R$ 300 bilhões.

 

“O setor de máquinas e equipamentos é estratégico para o desenvolvimento nacional. Micro e pequenas empresas são a base da pirâmide, não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil. Precisamos de políticas que favoreçam o ambiente industrial”, afirmou.

 

Representando o setor têxtil, o presidente da Indústria do Vestiário de Pernambuco, João Costa, apresentou dados que mostram a relevância da cadeia produtiva: cerca de 400 mil pessoas ligadas direta ou indiretamente ao segmento e uma arrecadação anual estimada em R$ 1,2 bilhões — superior a supermercados e farmácias no estado. Ele sugeriu a criação de uma lei estadual que priorize a compra de produtos de micro e pequenas empresas e defenda medidas como o encadeamento produtivo e cláusulas de subcontratação com incentivos fiscais.

 

O vice-presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico de Pernambuco, Emerson Ferreira, chamou a atenção para os desafios enfrentados pelo setor, especialmente no que se refere às propostas legislativas que focam na importação do plástico.

 

“O ideal seria criar a economia circular. A reciclagem é um setor muito importante para o meio ambiente e para a população”, destacou.

 

Já o presidente da Indústria do Gelo de Pernambuco, Fábio Falcão, relatou o esforço do sindicato para regularizar empresas e implementar um selo sanitário. Ele apontou que os altos custos das renovações de licença têm sido um obstáculo e sugeriu que a Frente estuda formas de ampliar os prazos e reduzir impactos financeiros para o setor.

 

Ao final, a deputada Débora Almeida reforçou que todas as contribuições serão absorvidas na construção de propostas legislativas que fortaleçam o empreendedorismo e deem mais competitividade às micro e pequenas empresas. A Frente Parlamentar segue realizando reuniões setoriais para ouvir diferentes segmentos produtivos e consolidar um plano de ação voltado ao desenvolvimento econômico sustentável de Pernambuco.

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