Glauber Braga: Entre o palanque e a pancadaria
Glauber Braga, deputado federal pelo PSOL-RJ, parece ter confundido o plenário da Câmara com um ringue de luta livre. A recomendação do Conselho de Ética pela cassação de seu mandato é apenas o desfecho previsível de uma trajetória marcada por destemperos e atitudes que envergonham o Parlamento brasileiro.
Em abril de 2024, Braga protagonizou uma cena digna de nota: expulsou a pontapés o militante Gabriel Costenaro, do Movimento Brasil Livre (MBL), das dependências da Câmara. Como se não bastasse, engajou-se em uma troca de empurrões com o deputado Kim Kataguiri (União-SP), que ousou intervir na situação. Braga justificou sua ação alegando que Costenaro possuía um “histórico de agressão a mulheres” e que já o havia provocado em outras ocasiões. No entanto, tais alegações não justificam o comportamento agressivo e descontrolado de um representante eleito.
Não satisfeito, em novembro do mesmo ano, durante uma reunião da Comissão de Direitos Humanos para discutir a crise na Faixa de Gaza, Braga tentou retirar à força o deputado Abílio Brunini (PL-MT) do recinto, resultando em mais um processo por quebra de decoro parlamentar. Embora o Conselho de Ética tenha arquivado o caso, as imagens falam por si: um parlamentar que acredita que a força bruta é ferramenta legítima de debate.
O histórico de Braga não para por aí. Em julho de 2019, durante uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça, chamou o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, de “juiz ladrão”. Embora protegido pela imunidade parlamentar, tal comportamento evidencia uma tendência ao espetáculo e à falta de respeito pelas instituições.
A política exige firmeza, mas não confundir destemor com destempero. Braga parece acreditar que a truculência é sinônimo de combatividade. Ao invés de construir pontes, opta por queimar as existentes, transformando o debate político em um teatro de absurdos.
A recomendação do Conselho de Ética pela cassação de seu mandato não é uma surpresa, mas uma consequência natural de suas ações. O Parlamento não pode ser palco para arroubos autoritários e comportamentos que flertam com a barbárie. Se Braga deseja continuar sua carreira política, talvez seja hora de trocar os chutes por argumentos e os empurrões por diálogo. Caso contrário, que busque um ringue adequado para suas performances, pois o Congresso Nacional não deve ser esse lugar.
VOO I – O Governo de Pernambuco, em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos, garantiu um novo voo da Latam entre Recife e Petrolina a partir de outubro. Com três frequências semanais, a rota inédita fortalece a conectividade regional e impulsiona o turismo, o comércio e o setor agrícola no Sertão do São Francisco, atendendo cidades como Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista.
VOO II – O anúncio foi oficializado em reunião em Brasília com representantes da Latam, do Governo de Pernambuco e do ministério. A governadora Raquel Lyra celebrou o novo voo como avanço estratégico para o desenvolvimento do Sertão. Atualmente, a Azul opera um voo diário na mesma rota, mas a entrada da Latam amplia as opções e reforça o compromisso do Estado com a interiorização do crescimento econômico.
ALÍVIO I – O senador Fernando Dueire (MDB) e o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) se reuniram para articular apoio à PEC 66/2023, que busca aliviar os cofres das prefeituras com novo modelo de parcelamento de dívidas previdenciárias. A proposta, considerada prioritária pelo movimento municipalista, visa dar fôlego aos gestores e garantir a manutenção dos serviços públicos essenciais nas cidades.
ALÍVIO II – A PEC 66/2023, relatada por Baleia Rossi na Câmara, propõe parcelamento especial de débitos com o RGPS e RPPS, além de novas regras para precatórios e desvinculação de receitas. Segundo Dueire, a medida é urgente para reequilibrar as contas municipais. Rossi destaca que a proposta permitirá mais investimentos em políticas públicas, atendendo diretamente as necessidades da população mais vulnerável.