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O ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso na manhã desta sexta-feira (13), em Recife (PE), durante uma operação da Polícia Federal. A informação foi confirmada pela própria PF, que atua em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação.

 

De acordo com fontes ligadas ao caso, os investigadores apuram indícios de que Gilson Machado teria tentado viabilizar a emissão de um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com o objetivo de facilitar sua saída do país. Cid é um dos principais alvos de inquéritos que investigam a atuação de uma suposta organização criminosa no núcleo mais próximo do ex-presidente.

 

As autoridades consideram a tentativa de obtenção do documento uma manobra para obstruir as investigações e burlar os mecanismos legais de cooperação internacional. A suspeita é que o ex-ministro, usando de sua influência política e conexões, buscava permitir que Mauro Cid escapasse das consequências jurídicas dos processos em andamento.

 

A prisão de Gilson Machado reacende o debate sobre a rede de proteção montada em torno dos principais assessores e aliados de Bolsonaro. Ex-ministro e ex-presidente da Embratur, Gilson ganhou notoriedade por seu alinhamento ideológico com o ex-presidente e chegou a disputar uma vaga no Senado por Pernambuco em 2022, sem sucesso.

 

A defesa de Gilson Machado ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Já a Polícia Federal afirmou que as investigações seguem em sigilo, mas reforçou que a operação desta sexta-feira representa um avanço nas apurações sobre possíveis tentativas de fuga e destruição de provas por aliados do antigo governo.

 

A prisão de hoje pode ter desdobramentos políticos importantes, especialmente em meio ao cerco jurídico que se fecha contra antigos membros do núcleo bolsonarista.

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