Marcus Santos é um dos fundadores do partido Chega, de direita. Brasileiro do Rio de Janeiro, Marcus Santos foi eleito deputado em Portugal pelo partido Chega – Foto: reprodução vídeo Diário do Poder
O brasileiro Marcus Santos, eleito deputado da Assembleia da República Portuguesa pelo partido Chega, reiterou em entrevista ao Diário do Poder que o presidente Lula (PT) não é bem-vindo em Portugal, e ainda repetiu afirmações do líder de sua sigla, André Ventura, no sentido de que “bandidos já basta os que estão aqui” e que o país não precisa de mais um.
Após atuar nas campanhas pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pela eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, decidiu que era hora de se envolver na política de Portugal, que escolheu para viver após iniciar uma carreira internacional como atleta de artes marciais.
Ao lado de André Ventura, Marcus Santos é um dos fundadores do Chega, de direita, e ridiculariza ativistas de esquerda e da imprensa que atribuem ao partido “xenofobia” e outras formas de intolerância.
– “Destruí a falácia de que somos xenófobos. Como um brasileiro é xenófobo? Como um negro é racista? Os repórteres aqui viram a câmera quando eu passo. Porque eu destruo essa falácia”, destacou.
Alinhado a Bolsonaro, Santos foi retirado do ar durante entrevista a um canal de notícia brasileiro. “Não tinha ideia de que boa parte da imprensa brasileira está realmente extremada”, disse ao Diário do Poder.
A respeito da repercussão da política brasileira sobre Portugal, o deputado Marcus Santos é enfático: “Aqui Lula não é bem visto. É como pessoa não grata. Não é bem-vindo em Portugal. Ano passado, Lula esteve aqui e o meu partido fez uma manifestação contra a vinda do presidente brasileiro. O presidente do meu partido, André Ventura, deu uma declaração durante as eleições, dizendo que se nós vencêssemos, o Lula não colocaria mais o pé em Portugal. Bandidos já basta os que estão aqui”.
O deputado estreante na Assembleia da República considera que o fenômeno eleitoral de Bolsonaro também tem reflexos no país amigo. Ele observa que luso-brasileiros voltaram a votar para registrar a escolha no líder da direita brasileira durante as eleições de seu país de origem e também destaca que os brasileiros com cidadania portuguesa atenderam o pedido do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em apoio ao seu nome durante a disputa por uma vaga no parlamento português: “É a primeira vez que elegemos um brasileiro fora do circuito da Europa”.