Socialista é réu em uma acusação de crimes de tortura e associação criminosa armada. Foto: Divulgação/Prefeitura de Ananindeua
O vice-presidente do diretório paraense do PSB, Hugo Atayde, figura em denúncia do Ministério Público como réu em uma acusação de crimes de tortura e associação criminosa armada, conhecido como milícia. Além do político, que é vice-prefeito de Ananindeua, oito policiais militares são suspeitos de participarem do bando.
Trecho da acusação revelada pela revista Veja diz que os acusados possuem “forte influência política no Poder Legislativo do Pará, sendo que dois [PMs] suspeitos, à época dos fatos [em 2019], encontravam-se cedidos à Assembleia Legislativa, junto ao gabinete do seu presidente, Daniel Santos”. Daniel era deputado estadual e se elegeu prefeito de Ananindeua. Apesar da citação, o político não é alvo da denúncia.
Mesmo com a gravidade das denúncias, o processo contra o dirigente socialista não anda há três anos. Houve três trocas de promotores, que largaram o caso ao se declararem impedidos “por motivo de foro íntimo”.
A revista procurou a assessoria dos citados, veja a nota:
“O prefeito não é nem alvo do processo citado e não há nenhuma investigação ou acusação em relação a ele. Portanto, a reportagem insinua algo que não condiz com a realidade dos fatos. O outro citado, Dr. Hugo, informa que as denúncias referentes às investigações foram rejeitadas pela Justiça e não responde a nenhum processo. Por fim, a assessoria lamenta que tenha sido procurada somente na noite de terça-feira, com prazo exíguo para se manifestar até a manhã desta quarta-feira sobre um assunto tão relevante”.