Criminoso preso é suspeito de participar de assassinato de policial federal em Salvador e tinha contato externo. Policiais federais cumprem mandados de prisão contra advogados acusados de favorecer líder de facção baiana (Foto: Reprodução PF)
Advogados de um líder de facção criminosa acusada de matar um agente federal em Salvador são alvos da Operação Cravate, deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta segunda (21), para prender seis suspeitos de apoio externo ilegal ao chefe da organização criminosa do tráfico de drogas da Bahia, por meio de videoconferências. Os alvos são caçados no Distrito Federal e na Bahia. E tiveram a suspensão do exercício profissional decretado pela Justiça.
Além dos seis mandados de prisão, a PF cumpre nove mandados de busca e apreensão, autorizados pela 1ª Vara Criminal de Brasília, para buscar provas das informações repassadas pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (SEAP), que constataram indícios de que pessoas diversas estariam se passando por um advogado, com a anuência deste, para se comunicarem com detentos reclusos no sistema prisional do DF.
Segundo a PF, o líder da facção beneficiado pelos advogados está preso preventivamente, faria uso da rede criminosa tanto para própria comunicação quanto para subsidiar contato externo para outros presos, com o objetivo de estender sua influência e atrair novos faccionados.
O suspeito de liderar o esquema possui passagens por organização criminosa e lavagem de dinheiro, o que motivou sua prisão preventiva na capital federal. Ele ainda é suspeito de participar do homicídio do policial federal Lucas Caribé, morto em 15 de setembro de 2023, durante confronto com a facção na região de Valéria, na capital baiana.
A PF enfatiza que os alvos dos mandados de prisão poderão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
A operação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (Ficco/DF), com apoio do Núcleo de Fiscalização do Sistema Prisional (NUPRI) do MPDFT. Integram a Ficco/DF é composta pela PF, PRF, SENAPPEN, PPDF, PMDF e PCDF.