O ex-governador do Ceará Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes são os principais investigados.
O senador Cid Gomes (PDT-CE), investigado na Operação Colosseum, admitiu que Polícia Federal apreendeu R$ 55 mil em espécie, de uma de suas residências em Meruoca, interior do estado.
Em entrevista coletiva, na noite desta quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa do Ceará, Cid rodeado de aliados chamou a operação de “molecagem” e que a PF, apesar de ser uma instituição respeitada, tem “direção aparelhada”.
“Eles levaram três aparelhos celulares, um pessoal, um do Senado e outro que nem tem mais linha e um iPad. Na Meruoca, eles levaram um computador e levaram R$ 55 mil”, disse o senador.
Cid explica que o valor encontrado em seu sítio consta declarado em seu imposto de renda e diz que a apreensão do dinheiro desrespeitou a ordem judicial que determinava o recolhimento de aparelhos de mídia digital.
“Está aqui, declarado. ‘Valor em poder do declarante para aquisição de bens ou serviços, em 31 de dezembro de 2020, R$ 56.620 em 2019; R$ 58.620 em 31 de dezembro de 2020’. Isso aqui é um abuso maior que o do juiz, a ordem judicial era para recolher mídias, celulares, computadores, pen-drives e notebooks. Levaram isso aqui para dar voto, dar voto e expor, mas está aqui declarado no meu imposto de renda”.
Irmãos na mira da PF
Cid, Ciro e Lúcio Gomes são investigados por corrupção em contratos firmados entre o governo do Ceará, à época da gestão do senador Cid.
De acordo com as investigações, os três irmãos são responsáveis por montar um esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio Castelão, para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014.
Na manhã desta quarta-feira (15), a Polícia Federal fez buscas em endereços ligados aos alvos e apreenderam aparelhos celulares, tabletes, computadores por determinação do juiz federal Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, que também mandou quebrar os sigilos bancário, telefônico e telemático dos irmãos e de mais 12 alvos da ação.
Do Diário do Poder