Search

Coluna da quinta-feira

Compartilhe esta matéria

Foto: Rodolfo Loepert/Prefeitura do Recife


Descaso na Educação: Prefeitura do Recife deixa alunos sem material escolar


Na última reunião ordinária da Câmara Municipal do Recife, o vereador Alcides Cardoso expôs uma realidade alarmante: a falta de compromisso da prefeitura, liderada pelo prefeito João Campos, com a educação municipal. Com atrasos na entrega dos kits escolares para o ano letivo de 2024, mais de 121 mil alunos estão sendo privados do material básico para o aprendizado.

 

Apesar das justificativas da Secretaria de Educação, alegando atrasos por parte da empresa fornecedora, a situação é crítica. Mesmo com quase um mês de aulas iniciadas, metade dos kits escolares ainda não chegou aos alunos, conforme denunciado pelo parlamentar da oposição.

 

O cenário é ainda mais desolador para os alunos da educação infantil e do Ensino Fundamental. Dos alunos das creches e pré-escolas aos estudantes do 6º ao 9º ano, a falta de material é uma realidade presente. Apenas 23% dos materiais dos estudantes do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental foram entregues. Para os alunos da educação infantil, a situação é ainda mais grave, com absolutamente nenhum kit escolar entregue até o momento.

 

O descaso se estende às etapas específicas de ensino, como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Projovem, onde também não houve entrega de materiais. Com cronogramas de entrega comprometidos e falta de transparência por parte da gestão municipal, a incerteza paira sobre quando os alunos terão acesso aos materiais tão essenciais para o seu desenvolvimento educacional.

 

Além da indignação com a situação presente, é imprescindível cobrar uma atitude responsável por parte das autoridades competentes. O secretário de Educação, Fred Amâncio, precisa prestar esclarecimentos à população e à Câmara Municipal sobre o cronograma de entrega dos kits escolares. Afinal, a educação é um direito básico de todos os alunos, e sua negligência compromete o futuro de toda uma geração.

 

E o descaso não é só na educação:

 

Enquanto a população do Recife enfrenta uma explosão de casos de dengue, chikungunya e zika, o prefeito João Campos parece estar ausente também, na batalha contra as arboviroses. Dados alarmantes do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Recife revelam que, nas sete primeiras semanas de 2024, a cidade notificou mais de 420 casos dessas doenças, sendo 291 de dengue, 122 de chikungunya e 9 de zika.

 

O descaso é evidente quando se observa que, do total de notificações, 361 permanecem como casos prováveis, um aumento de 85% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de casos prováveis de dengue grave na capital pernambucana chega a nove, colocando a saúde pública em estado crítico.

 

Enquanto isso, o prefeito João Campos parece não dar a devida atenção à situação, deixando a população à mercê dessas doenças devastadoras. Apesar das tentativas da Secretaria de Saúde em implementar ações de combate, como a ativação do Atende em Casa para monitoramento de pacientes com dengue, a falta de medidas eficazes para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti é evidente.

 

Enquanto a população espera por uma resposta efetiva do governo municipal, é fundamental que todos façam a sua parte para eliminar os criadouros do mosquito transmissor, que, segundo a secretária de Saúde, estão presentes em mais de 80% dos casos dentro das residências. O Recife não pode esperar mais. É hora de ação, responsabilidade e compromisso por parte do prefeito e de toda a gestão municipal.

 

Desvio – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao prefeito de Cupira, José Maria Macedo, que tome medidas para acabar com o desvio de função na administração pública. O Promotor de Justiça Olavo da Silva Leal estabeleceu um prazo de 90 dias para a gestão municipal divulgar amplamente a recomendação e responder ao MPPE sobre as ações adotadas para garantir que os servidores desempenhem as funções de seus cargos corretamente, sob pena de possível improbidade administrativa. O desvio de função, segundo o promotor, ocorre quando um servidor exerce tarefas de outro cargo para o qual não foi designado, violando o acesso universal aos cargos por meio de concurso público.

Compartilhe esta matéria

© Copyright Blog Pernambuco Urgente. 2021. Todos os direitos reservados.

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.